Chá azul, a magia da transformação
Chá azul, a magia da transformação? Sim. Conhecido em várias
regiões do mundo com diversos nomes, o chá azul é uma bebida muito singular devido
à sua cor azul e à sua versatilidade no campo gastronômico e medicinal.
Trata-se de um chá de ervas ou tisana, derivado da infusão de
flores da planta Clitoria ternatea, nativa das regiões tropicais da Ásia
e conhecida sob diversos nomes: ervilha borboleta (butterfly pea),
feijão-borboleta, ervilha azul, entre outros.
No Sudeste Asiático, especialmente na Tailândia e na Malásia,
a ervilha borboleta tem uma importância especial na gastronomia porque
além de dar origem à bebida consumida na forma de chá, sucos ou drinks, esta
flor também é utilizada de maneiras diversas na culinária local.
A versatilidade do chá azul
Na Tailândia, o chá azul é uma bebida muito popular,
de sabor suave, levemente herbal, encontrado em diversos lugares e formatos: pronto
para beber, nas opções quente ou frio, com ou sem açúcar; e, também, as flores desidratadas
vendidas para o preparo do chá, que inclusive, é muito simples de fazer: água
fervente e flores secas para infusão.
E onde está a magia da transformação? A magia deste chá tão comum está justamente na
sua capacidade de mudar de cor. Colorações de diferentes tons e intensidades
podem ser facilmente obtidas no preparo do chá, dependendo da quantidade de
água ou de outros ingredientes adicionados a ele.
Do azul royal obtido no contato inicial com a água, o chá irá adquirir uma coloração violeta para roxo, quando adicionamos a ele, o suco de lima ou limão. Em outra versão, a medida em que somamos leite ao chá azul, além do aspecto mais leitoso, a sua cor mudará para os mais variados tons de azul. Uma magia de cores que certamente justifica o nome chá de fada azul.
Nos últimos anos, o interesse pela flor da ervilha borboleta
tem sido mundialmente crescente devido às suas propriedades medicinais e
à sua versatilidade na composição de diferentes blends, chás mistos e drinks, resultando
bebidas duplamente diferenciadas na aparência e no sabor.
O uso culinário e medicinal
As flores da ervilha borboleta são comestíveis e tem
presença cativa em vários pratos da culinária tailandesa e malaia, sendo largamente
utilizadas como fonte de coloração natural dos alimentos, especialmente dos
pratos com arroz ou massa, em sobremesas e confeitaria. Tais qualidades
extrapolaram a Ásia e hoje, estas flores compõem inúmeras criações
gastronômicas em diversos restaurantes do mundo.
No segmento de bebidas, o consumo da flor da ervilha
borboleta é crescente no mercado mundial, não só pelo aspecto de mudança de
cores, que resultam drinks e coquetéis exóticos de grande efeito visual como
também, pelas propriedades da flor azul que resulta um chá com muitos
benefícios à saúde.
As qualidades restauradoras da ervilha borboleta são conhecidas há séculos e utilizadas nas medicinas tradicionais Ayurvédica e chinesa. Como todo alimento de coloração azul, as flores da ervilha borboleta são ricas em antioxidantes, que auxiliam no combate aos radicais livres e, por conseguinte, benéficos às células do corpo, fortalecendo o impulso cerebral, a melhoria da visão, a saúde reprodutiva, entre outros aspectos. As propriedades desta flor se estendem também ao tratamento da pele e dos cabelos, o que justifica a sua utilização na indústria mundial de cosméticos e produtos de higiene e beleza.
Foto: acima - Multichabrasil ; abaixo Fatima Akram/ Unsplash
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