Sobre o autor


 


Meu nome é Angélica Teixeira e posso dizer que sou uma pessoa de muitas paixões: literatura, música, arte e arquitetura, culturas e costumes, história, gastronomia e viagens. Todas estas paixões foram adquiridas, aos poucos, em minha trajetória de infância à vida adulta e, moldando a pessoa que sou hoje.


Digo hoje, porque para mim, vida é movimento, é um constante aprendizado, renovação, recriação, inovação, conhecimento do mundo em que vivo. E, por esta razão, gosto de estar em constante movimento.


Viajar é, para mim, conhecer o novo, as pessoas, os costumes e hábitos diferentes. Sair do cotidiano e me jogar em uma nova experiência, onde tudo está por vivenciar, aprender ou reaprender.


O leitura e a escrita sempre foram grandes companheiras. Desde criança, era uma leitora voraz e adorava escrever o que vinha à mente. Registrar pensamentos, coisas que via, que sentia, enfim. Na infância, eu me deliciava com os livros de estórias, curiosidades e depois, de história; na juventude, eram os livros de poesia, ficção, biografias, e outros temas de autores modernos, do Brasil e do exterior. Gastava todo o meu dinheiro em livros.


Foi também em minha juventude que começou o meu caso de amor com a música, o teatro, o cinema e as artes. Morava na cidade de São Paulo e frequentava todos os eventos gratuitos destas áreas. (Minha mãe dizia que eu era "rato das livrarias e do MASP"). Nessa época tive a oportunidade de assistir, ao vivo, inúmeros eventos nestas áreas com a participação de grandes nomes do Brasil e do exterior.


Esta efervescência cultural foi marcante para minha formação e, decisivamente, me conduziu para o exercício de todas as minhas atividades futuras.


Quando adolescente, tive a oportunidade de viver um ano na Alemanha, em Goslar, onde por incrível que pareça, pela primeira vez, experimentei um chá. Isto porque em minha casa natal, de origem mineira e nos lugares que frequentava, não tomávamos chá e sim café.


Na Alemanha era o contrário: todos tinham o hábito do chá, a qualquer hora o convite era para um chá. E eu fiquei fã de carteirinha – dos sabores, do ritual, dos tipos, das embalagens, dos acessórios, enfim, tudo era saboroso, lindo e totalmente novo.


De volta ao Brasil, me formei em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e logo após, retornei à Uberlândia-MG, minha cidade natal. Além trabalhar nos projetos de arquitetura e design de móveis, fui professora na Universidade Federal de Uberlândia, durante 13 anos, nas disciplinas de Projeto de Interior, Projeto e História do Mobiliário, entre outras.


Neste período, além de ter algumas peças de mobiliário de minha autoria premiadas em concursos e eventos nacionais, escrevi o livro “Mobiliário Residencial Brasileiro – Criadores e Criações”, uma abordagem do mobiliário brasileiro no século XX, de 1900 a 1990. Esta publicação foi para mim, um grande desafio - fruto de uma vivência intensa na área do design brasileiro aliado ao meu prazer da escrita, da documentação e da história.


Deixei a Universidade para me dedicar à uma revista de tecnologia que meu marido e eu havíamos criado, chamada Techno, a qual abordava inúmeros temas inerentes à tecnologia, principalmente nas áreas de Tecnologias Aplicadas, Engenharia e Arquitetura. Na Techno, minha função foi administrar e coordenar a execução das publicações, da criação à impressão.


Nesta ocasião, tive oportunidade de escrever inúmeros textos sobre diferentes temas, o que contribuiu sobremaneira, para a ampliação de meus horizontes, em nível pessoal e profissional.


Viajávamos muito, especialmente pelo Brasil, para coletarmos “in loco” as informações para as matérias e, nessa ocasião, tive a oportunidade de vivenciar lugares e culturas muito diversas. Em meus editoriais para a revista, escrevi em várias ocasiões que “o brasileiro desconhece o Brasil”.


Em uma dessas viagens, visitamos uma propriedade no estado do Rio de Janeiro, que havia sido, há décadas, uma “fazenda de chá”. Me encantei com tudo! Me lembro como se fosse hoje, que na ocasião, comentei com meu marido, "se eu fosse escolher uma nova profissão, escolheria uma no segmento de chá."


Mas não era o momento.... Depois de um período de 15 anos com a revista, meu marido e eu mudamos radicalmente de empreendimento. Passamos para uma área que aliava o prazer da gastronomia (pois ele era um gourmet “de mão cheia”) com a ideologia de uma alimentação saudável, na linha natural, a qual praticávamos desde os tempos de faculdade.


Montamos inicialmente uma loja e depois de alguns anos, se tornou parte de um grupo de 3 lojas físicas e a loja online, com foco na venda de produtos naturais, chás, ervas e especiarias à granel. A diversidade de oferta e a abordagem diferenciada das lojas com o público fizeram com que nossa marca Grão Divino se tornasse referência no setor em Uberlândia e região. 


Nesse período de 12 anos de Grão Divino, tivemos em nossas lojas, a oferta de mais de 70 tipos de ervas para chá; foi quando, efetivamente, selei a minha paixão por chás. Quanto mais eu pesquisava sobre os chás, para melhor orientar e atender os clientes, mais eu me apaixonava pelo assunto. Comecei a comprar livros sobre o tema, ler e "devorar" tudo o que me vinha às mãos sobre chás e ervas.


Em 2022, depois de tantas mudanças no mundo, no Brasil, e porque não, nos rumos da vida de todos nós, fechamos as lojas e, desde então, me dedico a escrever textos e matérias para empresas de diversos segmentos. No início deste ano, finalmente me rendi ao fascínio dos CHÁS, com a publicação do blog Multi CHÁ Brasil.


O Multi CHÁ Brasil é, portanto, uma resultante de toda a minha trajetória de experiências. E, o objetivo deste trabalho é compartilhar com todos os que pudermos alcançar, dois lados de meu prazer pela escrita: um, sobre temas diversos, expondo meus pensamentos através de Crônicas, nas quais faço minhas 'Viagens do Real ao Imaginário'; e o outro, expondo a riqueza do tema CHÁ em todas as suas nuances, aguçando a curiosidade dos leitores para conhecer, experimentar, alçar voos e viajar pelo fascinante mundo dos CHÁS.