Erva mate, o sabor do Brasil
Já foi ao Sul do Brasil e experimentou a erva-mate, o sabor do Brasil em um chimarrão? Já se
deliciou com o mate gelado na praia do Rio de Janeiro? Ou, já esteve no Mato
Grosso e se refrescou com um tereré?
Pois então, estas três bebidas derivadas da erva-mate têm,
além da planta de origem, muito mais em comum: são sinônimo de convívio, saúde,
bem estar e prazer para todos os seus adeptos.
Os chás de erva-mate que, anos atrás, eram um legado cultural em suas áreas de origem constituem hoje, uma crescente alternativa de
bebida em todo o país.
Inúmeros fatores contribuem para o aumento desta demanda, entre
estes, a abrangência das mídias, a opção por bebidas mais saudáveis e até, a
migração de pessoas, disseminando seus hábitos culturais.
Independente do meio de divulgação, o importante é que, no Brasil, estamos cada vez mais, conhecendo o potencial da erva-mate, os seus sabores, os seus benefícios e adotando no dia a dia, inúmeras variedades do chá de erva-mate.
Diferenças da erva-mate para o chimarrão, o tereré e o mate gelado
O processamento da erva-mate e o preparo de cada bebida são
os maiores responsáveis pela diferença de sabor e perfil destes chás.
Assim como os chás derivados da planta Camellia Sinensis, os
processos de colheita, secagem e peneiramento da erva-mate são determinantes
para as características de sabor, aroma e aparência das bebidas derivadas.
Os principais tipos de mate resultantes do processamento da
planta são:
- mate chimarrão, com maior percentual de folhas (70%) e o
restante de galhos (30%), triturados finos, resultando uma bebida com um suave
amargor, é muito utilizado no sul do país;
- mate tradicional, com uma granulometria um pouco mais densa
do que a erva-mate chimarrão, possui um sabor amargo médio, sendo utilizado tanto para o chimarrão quanto para o tereré;
- erva-mate moída
grossa, como o nome já indica, possui uma moagem mais grossa, o que resulta um
sabor mais amargo e maior propensão de entupimento da bomba, o utensílio
utilizado para o consumo da bebida;
- erva mate folha, que utiliza apenas a folha do mate; esse
tipo resulta um padrão mais consumido no Uruguai e na Argentina e tem um sabor
mais amargo entre todos os demais.
Dependendo da procedência da erva-mate e da marca do
produto, outros padrões derivados podem ser encontrados no mercado: erva-mate
com diferentes níveis de moagem, o que lhes confere um maior ou menor grau de
amargor e também, erva-mate com adição de outros componentes em sua produção –
outras ervas ou sabores de frutas.
O preparo da bebida
As bebidas preparadas com o mate têm em comum o processo de
infusão da erva-mate porém, a temperatura da água é o primeiro diferencial
importante entre estes.
No chimarrão, o mate é preparado e consumido com água
quente; já o tereré é preparado com água fria o que resulta uma bebida bem
refrescante.
O mate gelado, da praia do Rio de Janeiro ou aquele que
fazemos em casa, utiliza o mate tostado, a granel ou em saquinhos, no processo
de infusão - a quente ou a frio – e, na sequência, mantido em baixa temperatura
ou recebe a adição de gelo.
Já a bebida mate gelado produzida industrialmente tem etapas distintas de fabricação, pois o seu processo deve atender inúmeros parâmetros determinados por lei.
Erva-mate, o sabor do Brasil
Erva-mate ou Ilex
paraguariensis (nome científico) é uma árvore originária da região sul da
América do Sul e desde a chegada dos descobridores no século XVI, esta planta já era utilizada como bebida pelos índios da região, o que justifica todo o
legado cultural da bebida no sul do país.
Brasil e Argentina são os principais produtores mundiais de
erva-mate e a quase totalidade da produção brasileira é proveniente do Rio Grande
do Sul (45%) e do Paraná (37%). Portanto, além do valor cultural, a erva-mate é
um produto de grande valor econômico para as regiões produtoras e para o
Brasil.
Grande parte da produção brasileira é consumida no mercado
interno (em torno de 80%), principalmente no sul, e o restante é exportado. Ou
seja, existe um imenso mercado interno e a totalidade do mercado externo a ser
conquistado pela erva-mate brasileira.
Oxalá o Brasil desperte para este potencial e consiga ocupar
este espaço antes que outro país o faça. Desta forma, a erva-mate poderá ser
efetivamente reconhecida, nacional e internacionalmente, como o sabor do Brasil.
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